Descuido da sociedade ajuda o Aedes a se reproduzir

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Resumo do post o O controle da dengue é uma luta diária e sem tréguas. Focos da doença podem surgir a qualquer momento e em qualquer lugar, basta um pequeno descuido. Ciente desta situação a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reiniciou ontem, através de agentes do Centro de Controle de Zoonoses (Ccz) e da Limpurb o faxinaço contra a dengue. Mais de 60 larvas, pupas e mosquitos formados foram encontrados em terrenos baldios no Iapi, pelo grupo de combate à dengue, formado por seis agentes, sendo três da Limpurd e os outros três do CCZ. O biólogo do CCZ, Raul Silveira Neto disse que a campanha está sendo realizada para tentar reduzir a existência dos pequenos depósitos, a exemplo, produtos descartáveis, em que os insetos depositam os ovos a fim de começar o seu ciclo de reprodução.

Resto do post O descuido da população ainda é o grande facilitador da reprodução do inseto. Durante a inspeção não foi difícil encontrar larvas e pupas em pratos quebrados, pneus, laterais de tintas e por fim em matérias descartáveis. No entra em beco e sai em beco, os agentes realizavam trabalho em conjunto para dinamizar o serviço e conquistar a meta, 21 ruas inspecionadas e tratadas. Enquanto o pessoal do CCZ fazia a vistoria, análise, eliminação dos focos e a conscientização dos proprietários dos terrenos abandonados. A turma da Limpurb catava os materiais, que tendem a acumular água parada, e os colocavam em sacos plásticos. Após terminar a limpeza, as sacolas eram jogadas em containers, que depois foram coletados por caminhões encaminhados no fim do dia pela Superintendência de Conservação de Obras Públicas do Salvador (Sucop).
Na Rua Arlindo Teles aonde foi localizado um terreno semi-abandonado e com vários lixos, os agentes tiveram uma surpresa. Após passar, com certa dificuldade, por uma entrada improvisada, a comitiva viu no terreno, que até então acreditava ser abandonado, um barraco feito de madeira e telha de eternit, onde uma mulher realizava seus afazeres domésticos. No entanto a surpresa que o grupo teve foi encontrar um grande acumulo de lixo no local, que teve detectado cerca de 30 tocas de ratos e cinco focos de mosquitos, se reproduzindo em lugares inusitados, a exemplo de um sapato velho que tinha água parada com larvas e até um mosquito formado prestes a voar. Depois de eliminar os focos, foi feito um registro do lugar para que hoje uma equipe com tratores e outras máquinas, vá ao local fazer a remoção dos entulhos de lixo.
No momento em que caminhavam para fazer uma análise em outro imóvel, o biólogo do CCZ, Silveira, foi parado por Marina Santos que preocupada com a proliferação da dengue resolveu fazer uma denúncia. "Eu não aguento mais! Por favor! Já que vocês estão fazendo este trabalho passe na Igreja Batista Betel, lá tem um terreno onde tem vários mosquitos. A Sucom até notificou o pastor de lá para que fizesse uma limpeza no local, mas ele não fez nada", relata Santos. Com a informação registrada os agentes foram até a igreja, onde constatou a existência de focos dos mosquitos em uma lata de tinta e em copos plásticos jogados no morro atrás do templo. A funcionária do local relatou que o processo de limpeza é complicado se ser realizado devido à altura do mato e que "o pastor já tentou limpar, mas se capinar aí corre o risco de ter um deslizamento de terra. A única solução que nós encontramos foi colocar animais para se alimentar do mato e pedir à população que não jogue lixo aqui".
Salvador que tem o inverno marcado por temporada de chuvas, que ocasiona o acúmulo de água, seguido por dias ensolarados, se torna o habitat ideal para a reprodução acelerada do mosquito aedes aegypti, principal vetor da dengue. Preocupado com isso, Silveira alerta a população que a prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade a partir da adoção de medidas simples, visando à interrupção do ciclo de transmissão e contaminação. Caso contrário, as ações isoladas poderão ser insuficientes para acabar com os focos da doença, já que "não adianta a nós virmos nos lugares limparmos e depois quando voltarmos, daqui a 40 dias úteis, encontrarmos eles todos sujos".

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