Alunos de escolas municipais celebram a Conjuração Baiana

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Resumo do post Os 211 anos da Conjuração Baiana - movimento também conhecido como Revolta dos Búzios ou Revolta dos Alfaiates -, foram comemorados na manhã de ontem, na Praça da Piedade, por alunos e educadores do município. Os festejos começaram às 9 horas, com apresentação dos estudantes de quatro escolas municipais, que cantaram hinos do Congresso Negro e o Nacional. Em seguida, os quatros mártires negros da Revolta, os soldados Lucas Dantas e Luis Gonzaga, e os alfaiates João de Deus e Manoel Faustino, foram homenageados com colocação de flores em seus monumentos erguidos na praça.

Resto do post Além das saudações e agradecimentos aos heróis, os estudantes das escolas municipais Cosme de Farias, Santa Ângela das Mercês, Professor João Ferreira da Cunha - do Parque São Cristóvão-, em conjunto com a Fanfarra da Escola Municipal Helena Magalhães e, representantes da Secretaria da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult), realizaram um desfile por toda praça.

O evento chamou a atenção da população que passava pelo local, que parou para saber o que estava acontecendo e logo se juntou ao grupo nas comemorações. A dona de casa Amália Gomes se aproximou de um dos alunos e perguntou o motivo da festa e, para sua surpresa, teve como resposta uma aula de história. “Eu mesmo não sabia que hoje dia de comemorar nada. Fique muito feliz em saber que meninos da escola pública estão tendo esse tipo de ensino”, comemorou.

Emocionada, a aposentada Jacyra Barbosa Lima relembrou do pai com as homenagens das escolas. “Ao ver essas crianças aqui na Praça, recordo do meu pai, ele era capitão do Exército e gostava de realizar boas ações, principalmente nessas datas comemorativas”, disse. A assessora de ensino Afro da Secult, Bernadete de Paula, afirmou que o evento superou suas expectativas. “Estou satisfeita com a repercursão das homenagens realizadas pelos nossos estudantes. Até porque, o objetivo do evento é, além de prestar homenagens aos heróis da Revolta, lembrar à população a importância da Conjuração para a Bahia”, ressaltou.

“A Revolta serviu como parâmetro para outras insurreições populares, não se restringiu apenas a participação dos alfaiates, teve também a presença de soldados, escravos, pedreiros e até mesmo no início, alguns membros da elite colonial. Essa aliança entre escravos e alguns membros da sociedade funcionou como estopim no processo de reivindicação de uma sociedade mais democrática”, explicou a professora de Cultura Afro Baiana da Secult, Valda Marques.

Também para ressaltar a importância da participação da Bahia nas lutas libertárias do Brasil, sob a inspiração da Revolução Francesa e da Inconfidência Mineira, grupos e entidades negros de Salvador foram, ontem a tarde, até a Praça da Piedade, local escolhido por ser, nos anos 80, a Praça dos Degolados. As homenagens continuaram com aula pública, com exibição de vídeos e realização de palestras sobre a Revolta dos Alfaiates, ou Revolta dos Búzios, promovida pela Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), e com show da banda percursiva Olodum.

1 Comentário:

van disse...

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