Corpo de bombeiros inicia a quarta feira com busca por corpos

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Resumo do post Com a ajuda dos moradores e de um cão farejador, o Corpo de Bombeiros continuou, ontem, a procura pelo corpo do jovem Rodrigo Cassiano, 20 anos, soterrado na última terça-feira, pelo deslizamento de um morro em um conjunto de casas, no bairro de Pirajá. E pelos corpos de mãe e filha que caíram no córrego na San Martim.

Resto do post Em Pirajá os moradores e o pai do rapaz, Edvaldo Cassiano, 51 anos, não esperaram a chegada do corpo de bombeiro para começar a procura pelo corpo de Rodrigo. Às 06h30 os moradores e o pai do rapaz já estavam com pás, enxadas e picaretas fazendo a escavação. Duas horas depois os bombeiros chegaram ao local, com um cão farejador e pediram para que o pessoal paralisar a procura.

O tenente Allan Guanais explicou que as escavações foram paralisadas para realizar um procedimento padrão nos casos de corpos desaparecidos em escombros que é a localização por cães farejador. Ele explica que colocou o cão para farejar a área do acidente e depois que o animal identificou um ponto, foi feito uma medição de quatro metros do local identificado e os moradores conjunto com os bombeiros recomeçaram à escavação no local indicado.

Com a movimentação pela busca do corpo a mãe de Rodrigo passou mal e foi levada ao Posto de Saúde de Pirajá para ser medicada. Segundo Edvaldo nenhum medicamento funciona, ele conta que está preocupado por que ela tem problema de pressão. A filha do casal é quem fica de acompanhante da mãe no posto.

Questionado sobre como era o filho e o que ele fazia na casa, Edvaldo Cassiano disse que o filho ia constantemente ao bairro onde ocorreu o acidente para visitar a namorada. Ele disse que o filho era um pouco rebelde, havia parado de estudar já tinha dois anos e trabalhava de ajudante geral, mas no momento estava desempregado. “A casa era abandonada, meu filho mais os amigos estavam apenas passando a chuva lá”, falou.

Enquanto os bombeiros e os moradores procuravam pelo corpo de Rodrigo a moradora da casa vizinha que também desabou, Maria de Lurdes, 58 anos, nos contou como foi o desabamento da casa. “Minha filha tinha ido comprar algumas coisas para fazer o almoço. Quando ela chegou, eu coloquei o feijão no fogo e fui para sala onde fiquei conversando com os meus dois netos e o meu genro, David Souza Santos. Foi quando eu escutei a zoada, meu genro gritou ‘a casa esta desabando dona Lurdes’ mas eu fiquei parada não conseguir sair do lugar, então ele me pegou e me levou para fora de casa, depois voltou e pegou o enteado mais novo, Paulo Vinicius de Oliveira, 6 anos”.

Interrompendo a mãe, Maria Luciene Oliveira, 28 anos, sentada no sofá e com os pés repousados no banco contou que quando o marido dela voltou para salvar o outro enteado, Sidnei Oliveira Costa, 8 anos, viu o menino com uma parte da parede sobre o corpo. “Ele tirou a parede de cima de mim e me salvou” disse o garoto, interrompendo a mãe. Luciene relatou que ela da cintura para baixo ficou com escombros e por isso não pôde se mexer até o marido salva-la. Ela ficou com escoriações nas coxas e na cintura e teve que dar alguns pontos no pé e na perna.

Ao lembrar do desabamento dona Lurdes disse que o Condomínio Portal de Pirajá, da Caixa Econômica, que fica na parte de cima do morro, contribuiu para o desabamento, pois segundo ela desde a construção dos condomínios que eram jogados entulhos no morro. “Teve um dia que eu estava na sala assistindo a novela que passa de tarde, quando ouvir uma zoada no quintal. Quando fui ver tinha uma carreta jogando entulhos aqui embaixo e um pedaço de blocos com cimento caiu em cima do tambor de água. Até hoje eles jogam lixos e reboco das reformas das casas aqui em baixo”, diz.

Quando perguntei a Luciene pelo marido herói ela disse que David não estava em casa, pois havia ido com o irmão dela, André Luis Bispo de Oliveira a Codesal- Defesa Civil de Salvador para pedir ajuda, pois ela e a família estão na casa do irmão que é pequena e não tem para onde ir com a família.

BUSCAS – Já em outro ponto da cidade outro Corpo de Bombeiros procuravam por mãe e filha que haviam caído no córrego na avenida San Martins, na última terça- feira. Por volta do meio-dia os bombeiros encontraram o corpo de Fernanda Bispo, 28 anos, no canal que corta a Avenida ACM, nas imediações da Rótula do Abacaxi e do Galpão do Metrô. O corpo da filha de Fernanda, Beatriz, 6 anos ainda não foi encontrado mas os bombeiros continuam as buscas.

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