MISCIGENAÇÃO RELIGIOSA NA FEIRA DE SÃO JOAQUIM

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Gisele Assis

Quando se fala em feira regional a lembrança que vem à mente é de azeite, camarão, verduras, frutas e várias delicias da culinária, principalmente se esta for na Bahia. Porém, na Feira de São Joaquim, localizada na Cidade Baixa, em Salvador, o que chama a atenção é a venda de vários tipos de produtos e artefatos religiosos, desde itens ligados ao catolicismo, umbanda, até o candomblé. O ambiente conta com grande concentração de trabalhadores, cerca de 7 mil pessoas, com crenças diversas, aparentemente há uma convivência harmoniosa.
O vice-presidente do Sindicato dos feirantes (Sindfeira) e representante do Comitê de Defesa da Feira de São Joaquim, Joel Anunciação, conta que todos os sábados a rádio comunitária da feira faz a transmissão de um programa evangélico e não há qualquer registro de reclamações dos feirantes de outras religões. De acordo com Anunciação, "Os produtos religiosos claboram principalmente na questão do turismo, pois têm trazido o turista para a feira". Entre ops produtos comprados estão imagens, vestimentas, até objetos de barro.

A prática de atos religiosos na feira se dá de várias formas e chama atenção de quem transita no local. Na loja Casa de Xangô, por exemplo, há uma imagem de mais de 20 centímetro da Exu Maria Padilha, considerada pelos proprietários e funcionários a protetora da casa comercial. Já o comerciante Durvalino da Paz tem uma maneira diferente de expressar a sua religião. De maneira discreta, fica sentado em sua barraca acompanhando o programa católico diário comandado pelo Padre Marcelo Rossi. Ele relata que faz isso há dez anos e apesar de não aceitar o candomblé, não discrimina os praticantes, mesmo tendo ao seu redor muitas barracas de venda para produtos da religião. Para o comerciante, Deus é um só e deve-se respeitar a religião de cada um.


(Meu 1º trabalho, feito no 1º semestre, juntamente com um video)
* FOTO DE LUCIANA ZACARIAS

1 Comentário:

Unknown disse...

Olá, Gisele!

Tudo bem? É sempre bom encontrar alguém que se interessa pela Feira de São Joaquim.
Eu estudo a Feira de São Joaquim há 5 anos, e me anima descobrir que ela é motivo de preocupação.
Gostaria de conhecer seu trabalho e interesse pela Feira.
Atenciosamente,

Márcio Nicory
mnciso@hotmail.com

 

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