SUBSOLO DO MERCADO MODELO SOFRE DEGRADAÇÃO

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Gisele Assis

O Mercado Modelo, localizado no Comércio, no antigo prédio da Alfândega, está passando por um processo de revitalização. Já teve a sua fachada pintada e revigorada. No entanto, o subsolo do local, que virou ponto turístico, encontra-se abandonado, em estado de degradação.

O subsolo que servia para atracamento de embarcações, que vinham do Recôncavo, foi modificado em 1984, ganhando alguns elementos para possibilitar o acesso de visitantes. Das duas escadas criadas, na sua última reforma, apenas uma funciona. Segundo o supervisor do Mercado, José Nilson dos Santos, o outro acesso encontra-se isolado, por causa de vazamentos e infiltrações, que ocorrem ao lado da escada.

Santos afirma que ao chover o acesso ao subsolo muitas vezes é vetado. A bomba de água, por falta de uma rigorosa manutenção, não funciona como deveria, deixando a água nivelada com as passarelas flutuantes usadas para locomoção. A falta de sinalizaçãoda entrada que dá acesso ao subsolo, o mau cheiro e, a falta de informações históricas são os fatores de maior reclamação das pessoas que visitam o local. Este é o caso da professora Hariola Lima Correia, morada de Brotas. Em visita ao subsolo, junto com os seus alunos, ela reclamou dos problemas, o que segundo a mesma dificulta a população de conhecer um pouco mais sobre a história da Bahia.

Pedro Costa, administrador do Mercado Modelo, falou sobre alguns projetos que tem para melhorar as condições do local, como tornar o ambientemais agradável e fazer exposições artística, que demonstrem as suas histórias e a da Baía de Todos os Santos. Ele informou que não colocou o projeto em prática por que aguarda a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
(Minha noticia do 2º semestre)
* FOTO: LUCIANO GENONADIO

MISCIGENAÇÃO RELIGIOSA NA FEIRA DE SÃO JOAQUIM

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Gisele Assis

Quando se fala em feira regional a lembrança que vem à mente é de azeite, camarão, verduras, frutas e várias delicias da culinária, principalmente se esta for na Bahia. Porém, na Feira de São Joaquim, localizada na Cidade Baixa, em Salvador, o que chama a atenção é a venda de vários tipos de produtos e artefatos religiosos, desde itens ligados ao catolicismo, umbanda, até o candomblé. O ambiente conta com grande concentração de trabalhadores, cerca de 7 mil pessoas, com crenças diversas, aparentemente há uma convivência harmoniosa.
O vice-presidente do Sindicato dos feirantes (Sindfeira) e representante do Comitê de Defesa da Feira de São Joaquim, Joel Anunciação, conta que todos os sábados a rádio comunitária da feira faz a transmissão de um programa evangélico e não há qualquer registro de reclamações dos feirantes de outras religões. De acordo com Anunciação, "Os produtos religiosos claboram principalmente na questão do turismo, pois têm trazido o turista para a feira". Entre ops produtos comprados estão imagens, vestimentas, até objetos de barro.

A prática de atos religiosos na feira se dá de várias formas e chama atenção de quem transita no local. Na loja Casa de Xangô, por exemplo, há uma imagem de mais de 20 centímetro da Exu Maria Padilha, considerada pelos proprietários e funcionários a protetora da casa comercial. Já o comerciante Durvalino da Paz tem uma maneira diferente de expressar a sua religião. De maneira discreta, fica sentado em sua barraca acompanhando o programa católico diário comandado pelo Padre Marcelo Rossi. Ele relata que faz isso há dez anos e apesar de não aceitar o candomblé, não discrimina os praticantes, mesmo tendo ao seu redor muitas barracas de venda para produtos da religião. Para o comerciante, Deus é um só e deve-se respeitar a religião de cada um.


(Meu 1º trabalho, feito no 1º semestre, juntamente com um video)
* FOTO DE LUCIANA ZACARIAS

 

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